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Careca do INSS, principal suspeito de fraude, presta depoimento à CPMI nesta quinta

Empresário, contudo, deve chegar à sessão amparado por um habeas corpus, para ter direito a ficar em silêncio


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  Fonte: R7

'Careca' está preso desde 12 de setembro

'Careca' está preso desde 12 de setembro   Foto: Reprodução/CNN Brasil

Postado em: 25/09/2025 às 05:56:27

O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, vai depor, nesta quinta-feira (25), à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura fraudes em descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

Antunes deve comparecer amparado em um habeas corpus, o que lhe garante o direito a ficar em silêncio e, portanto, não produzir provas contra si próprio.

Preso em 12 de setembro, o empresário é apontado pela Polícia Federal como um dos possíveis operadores do esquema de fraudes que somou ao menos R$ 6,3 bilhões em descontos ilegais de beneficiários.

Antunes foi convocado ao colegiado há algumas semanas e deveria ter prestado depoimento na semana passada. Contudo, desmarcou a oitiva, alegando que iria priorizar o depoimento à PF.

A CPMI chegou, inclusive, a convocar a esposa e o filho de Antunes, mas não marcou ainda a oitiva dos dois.

As investigações miram um esquema de cobranças associativas não autorizadas que teria atingido milhares de beneficiários do INSS em todo o país.

Antunes é apontado como líder de um grupo empresarial envolvido na fraude e intermediário financeiro das entidades associativas. O depoimento dele é considerado um dos momentos mais esperados da CPMI, que tenta identificar responsáveis e dimensionar os prejuízos aos aposentados.

Entenda o caso

Em abril deste ano, um esquema bilionário de fraudes no INSS foi revelado pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União).

De acordo com investigação, de 2019 a 2024, aposentados e pensionistas do INSS foram vítimas de associações e sindicatos, que os incluíram como associados sem consentimento e descontaram valores de seus benefícios. O prejuízo foi estimado em R$ 6,3 bilhões.

 

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