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Semana Santa: uma reprise da trajetória de Jesus – Paixão e Triunfo de Cristo

O Cordeiro Pascal está acima dos falsos símbolos criados pelas religiões e pelo comércio


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  Fonte: * Por Helio Fialho

Jesus pregado na cruz entre dois criminosos...

Jesus pregado na cruz entre dois criminosos...   Foto: Reprodução/Google

Postado em: 19/04/2019 às 10:15:42

RELIGIÃO

 

 

Durante este período os cristãos, principalmente os católicos, reprisam a trajetória de Jesus, isto é, revivem as emoções do sofrimento e do triunfo do Filho de Deus, aos 33 anos de idade. E, por isso, celebram a Semana Santa.

A semana tem início com o Domingo de Ramos: celebração da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (montado sobre um jumentinho),  evento mencionado nos quatro evangelhos canônicos (Marcos 11:1, Mateus 21:1-11, Lucas 19:28-44 e João 12:12-19) e encerramento com o Domingo de Páscoa: celebra a ressurreição de Jesus ocorrida três dias depois da sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento. É a principal celebração do ano litúrgico cristão  (católico) e também a mais antiga e importante festa cristã.

E durante este período (Semana Santa) celebram, também, a Sexta-Feira da Paixão: dia que relembra a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário, e o Sábado de Aleluia, que é conhecido como dia de descanso, dia de alegria e, ainda, como Sábado Santo, Sábado Negro e Véspera da Páscoa.

Ainda assim, passados 1.986 anos da morte e ressurreição do “verbo que se fez carne e habitou entre nós”, a humanidade pouco aprendeu com a história exemplar de Jesus Cristo e, por isso, abandonaram as maravilhosas lições do Divino Mestre, pois escolheu viver  plenamente “os dias de Noé” (Genesis 6:5).

Apesar do sacrifício salvífico de Cristo, a humanidade optou “entrar pela porta larga”, dando asas às paixões infames deste mundo e, assim, promovendo  a  inversão de valores morais e consequente adesão a princípios pervertidos, mesmo sabendo que “para cada ação existe uma reação” – basta vermos a devastadora fúria da natureza que vem provocando grandiosos desastres no planeta Terra.

É notório que os tempos mudaram e já não se faz Semana Santa como antigamente. Lembro que nos meus tempos de criança, a meninada sentava sobre os bancos da Praça da Matriz e sobre a calçada da igreja, para ouvir a história da Paixão de Cristo, transmitida através dos autofalantes instalados na parte externa do templo do Sagrado Coração de Jesus. Muitas crianças chegavam a chorar de emoção quando ouviam as cenas sobre o sofrimento de Jesus Cristo.  

Os LPs que narravam a Paixão de Cristo pertenciam à Paróquia local. Eles ajudaram muitas crianças a tornarem-se homens tementes a Deus e respeitadores de princípios morais e éticos, além cidadãos harmoniosos com a sociedade.

 É lamentável que este templo católico tenha deixado de transmitir durante a Semana Santa a história da Paixão de Cristo. Acredito que a “modernidade” tenha arrancado os autofalantes da parte externa da Igreja Matriz – porque já não se faz Semana Santa como antigamente.

Sobre a tradição de abster-se de carne durante a Semana Santa, este costume não encontra respaldo bíblico. Comer apenas alimentos a base de pescado trata-se apenas de um costume, cuja cultura é mais preservada no Brasil, já que em muitos países considerados de maioria cristã esta tradição sequer é destacada. No livro de Mateus (15:11-18), está escrito que “o que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca”.

Partindo desta realidade, entendemos que a Semana Santa é um período que está mais para reflexão dos cristãos do que para preservar o sentimento de pesar – porque Jesus foi preso, torturado, crucificado e morto na cruz, porém, venceu a morte e ressuscitou ao terceiro dia, ascendendo ao céu, onde se encontra sentado à direita do Pai, intercedendo por todos nós, na condição de único intercessor determinado por Deus.

Portanto, comemoremos a Páscoa, festa cristã que tem origem na festa judaica (que tem um significado diferente). Para o judaísmo, a festa representa a libertação do povo. Para o cristianismo, a Páscoa significa a libertação de todos os que estavam separados de Deus pelo pecado, restaurados pela morte e ressurreição de Cristo que é mais que vencedor!


 

 

 

 

A Ressurreição de Jesus - Foto: Reprodução/Google

 

*(O autor deste artigo é, também, teólogo)

                                            

 

 

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