COVID-19

Estado descarta 'fechar tudo', mas cobra cautela durante alta temporada

Secretário informa que Alagoas não trabalha com hipótese de uma segunda onda da doença


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  Fonte: Com Gazetaweb - Por Tatianne Brandão

Secretário Alexandre Ayres informa que Estado não trabalha com hipótese de uma segunda onda da doença

Secretário Alexandre Ayres informa que Estado não trabalha com hipótese de uma segunda onda da doença   Foto: Reprodução/gazetaweb/Tatianne Brandão

Postado em: 26/11/2020 às 12:31:30

Em reunião com o setor produtivo, nesta quinta-feira (26), o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, descartou a possibilidade de fechar tudo outra vez como medida extrema de combate ao avanço do coronavírus. Por outro lado, ele confirmou um aumento no número de casos nos últimos dias e adiantou que a alta temporada, que traz a Alagoas uma grande quantidade de visitantes, vai exigir a adoção de medidas para frear o contágio.

Por enquanto, o gestor afirmou que a palavra de ordem é cautela e que não trabalha com a hipótese de Alagoas enfrentar uma segunda onda da Covid. Atualmente, segundo ele, o Estado tem 550 leitos exclusivos em funcionamento, com taxa de ocupação de 40%. A testagem para detecção do vírus também continua ocorrendo. A Central de Triagem do Sesi, em Maceió, e a de Arapiraca seguem abertas ao público.

De acordo com a Sesau, os municípios de Coqueiro Seco, Minador do Negrão e Viçosa tiveram os maiores aumentos de casos nesse período de campanha eleitoral. "Tivemos que acompanhar de perto porque a proliferação saiu do controle e a transmissão aumentou muito e rapidamente. Maceió, por ser muito populosa, sempre requer nossa atenção. Já retomamos a estratégia para que, se for necessário, voltar a criar novos leitos", detalhou o secretário.

Ele garantiu que, neste momento, não há possibilidade de o Governo do Estado determinar o retrocesso das fases do plano de distanciamento social controlado. "Não há essa necessidade. Os números cresceram, mas são números pequenos e que têm nos dado a segurança e tranquilidade de continuar trabalhando com serenidade. Hoje, nós temos hospitais em funcionamento, uma estrutura de rede hospitalar e maior experiência dos nossos profissionais da saúde, que nos dá segurança para continuar tratando nossos pacientes. A ideia é dialogar com o setor produtivo e chamá-los à responsabilidade".

Segundo Ayres, o aumento nos números não pode ser imputado somente às aglomerações políticas. "As praias estão lotados, os bares estão cheios, assim como os bares e academias. A gente precisa utilizar a máscara, evitar aglomerações e continuar higienizando as mãos", reforça.

Apesar de afastar o risco de uma segunda onda da Covid atingir Alagoas, o secretário adiantou que o Estado está reforçando o estoque de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como medida de precaução. 

Conforme revelou, a incidência maior de casos, neste momento, tem sido na faixa etária de 20 a 29 anos. "Os jovens estão nas ruas, perderam o medo da contaminação e do vírus, mas estão esquecendo que possuem pais, avós e familiares no grupo de risco. E que isso pode gerar grandes danos à população".

Com relação à alta temporada, Alexandre Ayres disse que se trata de um momento estratégico. Como os destinos turísticos lotam, a tendência é grande movimento de visitantes vindos do exterior e de outras partes do País. "Isso vai gerar alguns efeitos no nosso acompanhamento epidemiológico. Mas, iremos continuar reforçando esse acompanhamento. Estamos dialogando com a rede de bares e hotéis para que a gente tenha esse acompanhamento mais apurado. Não há necessidade de mudança de faixa".

Ele também garantiu que Alagoas não corre o risco de perder testes de coronavírus. "O Ministério da Saúde (MS), quando disponibiliza os PCRs para os estados, libera em lotes, cotas pré-programadas pra alguns períodos. Então, não temos esse risco de perda de validade como tem acontecido no órgão federal. Nós estamos realizando nova compra de testes. A Europa está com dificuldade, a Ásia também e é isso que vai gerar uma corrida mundial em cima da compra de EPIs. O estado está se precavendo para o caso do aumento no início de 2021".

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