Brasil vai repatriar brasileiros no Líbano
País passou a ser alvo de bombardeios diários de Israel na semana passada; planejamento inicial da Força Aérea Brasileira prevê a decolagem do aeroporto de Beirute, que se encontra aberto
Fonte: CNN Brasil
Aeronaves da FAB irão repatriar brasileiros no Líbano • Sargento Müller Marin e Sargento Figueira Foto: Reprodução/CNN Brasil/CECOMSAER e Fábio Maciel / DECEA
Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) será usada para repatriar brasileiros que estão no Líbano. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (30).
A operação, coordenada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa, terá a data anunciada nos próximos dias, após análise das condições de segurança para o voo. O planejamento inicial da Força Aérea Brasileira prevê a decolagem do aeroporto de Beirute, que se encontra aberto”, diz o texto.
De acordo com o documento, o Itamaraty informa que a Embaixada no Líbano está tomando as providências necessárias para viabilizar a operação, em contato permanente com a comunidade brasileira e em estreita coordenação com as autoridades locais.
A operação de repatriação é considerada complexa tanto pelo pelos riscos envolvidos quanto pelo número de pessoas. O Líbano abriga a maior comunidade brasileira no Oriente Médio, com 21 mil pessoas.
O Brasil tem pedido para que os cidadãos preenchem um formulário sobre o interesse de deixar o país. A preocupação é que haja um agravamento da situação após a morte de líderes do Hezbollah. Algumas pessoas já relatam escassez de comida e água.
Sindicato faz críticas à demora
Mais cedo, o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) divulgou uma nota cobrando do governo brasileiro “um plano detalhado de evacuação e tome medidas urgentes para garantir a segurança de seus servidores e familiares”.
O texto afirma ainda que “a demora inaceitável por parte do ministério em agir pode custar vidas” e que “cabe citar que essa não é primeira vez que os servidores lidam com a ausência de orientações e protocolos claros: mais recentemente situação similar foi vivida na Cisjordânia”.
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