O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou por meio das redes sociais que deixará o hospital militar Walter Reed, onde está internado para tratar da infecção por coronavírus, nesta segunda (5).
A infecção por coronavírus mergulhou a campanha republicana em incertezas, mas ainda é cedo para afirmar seu impacto nas urnas. O que se sabe sobre o tratamento de Trump indica que seu caso pode ser grave, na contramão dos boletins divulgados pela equipe médica e das declarações da Casa Branca.
No sábado (3), Mark Meadows, chefe de gabinete de Trump, contrariou os médicos e disse que o presidente estava passando por um período "muito preocupante". Depois da repercussão do caso, ele falou novamente com os jornalistas e adotou um tom mais otimista.
"Os médicos estão muito satisfeitos com os sinais vitais [de Trump]. Eu o encontrei por diversas vezes [para debater] vários assuntos", disse à agência de notícias Reuters. Mais tarde, à Fox News, o chefe de gabinete admitiu que o estado de saúde do presidente era muito pior do que o inicialmente informado por funcionários da Casa Branca, ele incluso.
De acordo com o que foi divulgado pela equipe médica, Trump está sendo submetido a três diferentes tratamentos. O primeiro utiliza o remdesivir, um antiviral criado para combater o ebola e autorizado para uso emergencial em pacientes infectados pelo coronavírus.
Os médicos também deram a Trump o coquetel conhecido como REGN-COV2, uma combinação de cópias sintéticas de anticorpos humanos. O medicamento emula a função do sistema imunológico para combater os vírus e vem sendo estudado para uso em pacientes nos estágios iniciais da Covid-19.
Mais recentemente, o líder americano também começou um tratamento com a dexametasona, esteroide recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apenas para casos graves de Covid-19.
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