POLÍTICA

Presidente Bolsonaro ameaça demitir Joaquim Levy do BNDES

O motivo seria a nomeação de um ex-colaborador do governo de Lula para a sua equipe


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  Fonte: Gazetaweb - Por Marcos Rodrigues

Bolsonaro na posse de Levy no BNDES no início do governo

Bolsonaro na posse de Levy no BNDES no início do governo   Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Postado em: 15/06/2019 às 21:19:57

número de demitidos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) pode aumentar até a próxima segunda-feira. Quem garantiu foi ele mesmo ao afirmar que o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pode deixar o cargo pois está com a "cabeça a prêmio".

Bolsonaro deu a declaração no momento em que deixava o Palácio da Alvorada, em Brasília, e se dirigia à Base Aérea para viajar para o Rio Grande do Sul. O presidente desceu do carro, conversou com algumas pessoas e concedeu entrevista a jornalistas.

Na entrevista, Bolsonaro, sem ser questionado, disse que mandou Joaquim Levy demitir o diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto. Acrescentou que, se Barbosa Pinto não for demitido, ele, Bolsonaro, demitirá Levy.

"Eu já estou por aqui com o Levy. Falei para ele: 'Demita esse cara na segunda-feira ou demito você sem passar pelo Paulo Guedes'", disse Bolsonaro.

Em seguida, o presidente disse que "governo é assim". Acrescentou, sem dar informações, que "gente suspeita" não pode ocupar "cargos importantes".

Na opinião de Bolsonaro, Joaquim Levy e o diretor Marcos Barbosa Pinto não têm sido "leais" a ele.

"Essa pessoa, como o Levy, já vem há um tempo não sendo leal àquilo que foi combinado e àquilo que ele conhece a meu respeito. Ele está com a cabeça a prêmio já tem algum tempo", acrescentou o presidente.

Joaquim Levy tomou posse em janeiro como presidente do BNDES.

Ainda no ano passado, quando Levy foi escolhido para o cargo, Bolsonaro disse que quem havia "bancado" a indicação dele era Paulo Guedes, atual ministro da Economia.

Levy comandou o Ministério da Fazenda no segundo mandato de Dilma Rousseff e deixou o cargo após 11 meses.

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