Presidente Bolsonaro ameaça demitir Joaquim Levy do BNDES
O motivo seria a nomeação de um ex-colaborador do governo de Lula para a sua equipe
Fonte: Gazetaweb - Por Marcos Rodrigues
Bolsonaro na posse de Levy no BNDES no início do governo Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
número de demitidos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) pode aumentar até a próxima segunda-feira. Quem garantiu foi ele mesmo ao afirmar que o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pode deixar o cargo pois está com a "cabeça a prêmio".
Bolsonaro deu a declaração no momento em que deixava o Palácio da Alvorada, em Brasília, e se dirigia à Base Aérea para viajar para o Rio Grande do Sul. O presidente desceu do carro, conversou com algumas pessoas e concedeu entrevista a jornalistas.
Na entrevista, Bolsonaro, sem ser questionado, disse que mandou Joaquim Levy demitir o diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto. Acrescentou que, se Barbosa Pinto não for demitido, ele, Bolsonaro, demitirá Levy.
"Eu já estou por aqui com o Levy. Falei para ele: 'Demita esse cara na segunda-feira ou demito você sem passar pelo Paulo Guedes'", disse Bolsonaro.
Em seguida, o presidente disse que "governo é assim". Acrescentou, sem dar informações, que "gente suspeita" não pode ocupar "cargos importantes".
Na opinião de Bolsonaro, Joaquim Levy e o diretor Marcos Barbosa Pinto não têm sido "leais" a ele.
"Essa pessoa, como o Levy, já vem há um tempo não sendo leal àquilo que foi combinado e àquilo que ele conhece a meu respeito. Ele está com a cabeça a prêmio já tem algum tempo", acrescentou o presidente.
Joaquim Levy tomou posse em janeiro como presidente do BNDES.
Ainda no ano passado, quando Levy foi escolhido para o cargo, Bolsonaro disse que quem havia "bancado" a indicação dele era Paulo Guedes, atual ministro da Economia.
Levy comandou o Ministério da Fazenda no segundo mandato de Dilma Rousseff e deixou o cargo após 11 meses.
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