O ministro Gilmar Mendes, do STF, foi antiético, debochado e arrogante quando criticou os jovens procuradores que atuam na Lava Jato
O órgão representativo dos procuradores deveria se pronunciar contra e o povo deveria sair as ruas, conduzindo faixas, cartazes, bonecos gigantes e vociferar “Fora Gilmar Mendes!!!”

O ministro do STF Gilmar Mendes Foto: Divulgação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, foi antiético, debochado e arrogante quando criticou os procuradores que apresentaram nova denúncia do Ministério Público Federal (MPF-PR) contra o ex-ministro José Dirceu, no dia do julgamento do habeas corpus que o levou a soltura, no último dia 2.
Gilmar Mendes perdeu a grande oportunidade de mostrar à população brasileira que é merecedor do cargo que ocupa na Suprema Corte.
Ao dizer que os procuradores “são jovens que não têm a experiência institucional nem a vivência institucional”, considerando que eles (os ministros) não deveriam “ceder a esse tipo de pressão, quase que uma brincadeira juvenil”, o ministro do STF demonstrou total desprezo pelo trabalho de jovens que assumiram o cargo de Procurador Federal porque foram aprovados em concurso público à custa da competência adquirida através de aprofundados e prolongados estudos.
Ora, os “valorosos procuradores de Curitiba” são jovens comprometidos em preparar o Brasil que queremos para os nossos filhos e netos, isto é, o Brasil para as futuras gerações – sem o domínio de inescrupulosos políticos corruptos e tampouco da Justiça dos tribunais considerados vergonhosos pretórios de vendas de sentenças.
Ao proferir suas inoportunas palavras, o ministro Gilmar Mendes mostrou que é índigo do cargo que atualmente ocupa, pois possui visão retrógrada, além de pertencer à ala dos ultrapassados juristas que se misturam a políticos mergulhados em escândalos de corrupção, inclusive sendo coniventes com a impunidade.
É preciso acreditar na força da juventude que anseia transformar o Brasil. Neste nosso País tão assolado pela injustiça e impunidade, desaprovar a atuação dos jovens procuradores federais que atuam na Lava Jato é compactuar com a velha cultura da desonestidade e da pilantragem que enlameia a Nação. Só mesmo um ministro que anda cercado de capangas em seu latifúndio, como é o caso de Gilmar Mendes, poderia agir com tamanha indecência.
E por motivo do envolvimento deste ministro em escândalos, um grupo de juristas apresentou pedido de impeachment contra Gilmar Mendes, em dezembro do ano passado, após o então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), arquivar dois pedidos de impeachment contra o membro do STF.
Para justificar o pedido, os juristas afirmam na ação que Gilmar tem “envolvimento em atividades político-partidárias” e participa de julgamentos “de causas ou processos em que seus amigos íntimos são advogados” e “de causas em que é inimigo de uma das partes”. Os juristas dizem que Gilmar atua em julgamentos nos quais deveria se considerar suspeito.
Por este e outros motivos, o povo brasileiro deveria ganhar as ruas para protestar, conduzindo faixas, cartazes, bonecos gigantes e vociferar “Fora Gilmar Mendes!!!”
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