Mulher sofre ataque de pirambeba durante banho de rio em Pão de Açúcar

A visitante Ângela Silva, de 40 anos,  natural de Valença, município litorâneo da Bahia, é mais uma vítima de ataques de pirambeba, no rio São Francisco, na cidade de Pão de Açúcar.

Por volta das 13 horas dessa terça-feira (3), a vítima,  depois de ter almoçado com pessoas de sua família, em uma das barracas localizadas na praia, resolveu tomar um banho de rio e logo recebeu uma mordida  no pé, que logo começou a sangrar, devido ao ferimento  provocado em um dos dedos. Ao sair de dentro da água, percebeu que o dedo hálux (dedão do pé) estava sangrando muito e, por isso, logo foi socorrida por uma pessoa da família, que a acompanhava durante o momento de lazer.

Segundo informações, Angela Silva é cunhada do pastor Gelson Jatobá, da Primeira Igreja Batista de Pão de Açúcar, e veio com o esposo  passar  as festas de fim de ano com a família, na cidade de Pão de Açúcar.

A reportagem do Notícia Quente entrou em contato com o pastor Gelson Jatobá, que confirmou o ocorrido e ainda enviou uma fotografia, que foi tirada para registrar o ocorrido. O pastor disse, também, à nossa reportagem, que seu filho, um adolescente de 13 anos  há cerca de um mês, quando tomava banho de rio, acompanhado de pessoas da família, sofreu um ataque de pirambeba, que provocou um ferimento no pé, devido à bocanhada do peixe.

Necessário se faz esclarecer que as denúncias que estão sendo feitas pelo portal Notícia Quente não pretende fazer sensacionalismo sobre o assunto, porém, tem a finalidade de alertar às pessoas e cobrar providências urgentes à  Prefeitura de Pão de Açúcar, no tocante a este sério problema, cuja solução não depende unicamente do Poder Executivo municipal, porém, são indispensáveis ações conjuntas envolvendo a Prefeitura de Pão de Açúcar, os órgãos ambientais, os órgãos de saúde,  os proprietários de barracas que comercializam bebidas e alimentos (na praia) e a  própria população.  E para que essas ações tornem-se realidade, urge à Prefeitura de Pão de Açúcar tomar a iniciativa.

Os casos de ataques de pirambebas são frequentes e o grave problema está ficando fora de controle e, por este motivo, a Prefeitura Municipal de Pão de Açúcar não pode fingir que nada está acontecendo, pelo simples fato de não querer contrariar os donos de barracas e os frequentadores do rio.

Os órgãos competentes precisam encontrar uma solução porque o caso já virou problema de saúde pública, em razão do grande e crescente número de vítimas de mordeduras.

A reportagem do Notícia Quente constatou, in loco, que, até agora, apenas um proprietário de barraca, para proteger seus clientes de ataques de pirambebas durante o baho de rio, isolou uma pequena área do rio, em frente à sua barraca, com redes de pesca que vêm impedindo os ataques desses peixes.

Ferimento no dedão do pé de Angela Silva, provocado por mordia de pirambeba.

Foto: Reprodução/Cortesia/Pr. Gelson Jatobá

Conhecendo a Pirambeba

Para quem não sabe, a pirambeba (serrassalmus maculatus)  é  um peixe predador que é nativo da Bacia do Rio São Francisco. A espécie costuma atacar presas em redes com pescados e até mesmo danificar esses equipamentos.  Possui dentes triangulares extremamente afiados e mandíbula potente, além do focinho achatado, características que a credenciam a atacar e morder com força notável. Sua dentição é substituída constantemente em lados alternados, permitindo sua alimentação contínua. Possui sistema auditivo evoluído. É conhecido por vários nomes comuns, como: Pirambeba, Catirina, Piranha, Piranha amarela, Piranha mafura, Piranha pequena.

É uma espécie temida, devido seu ataque agressivo e frenético frente a suas presas. Tem a reputação de um predador voraz e apetite insaciável. Seus dentes são triangulares extremamente afiados e mandíbula potente, além do focinho achatado, características que a credenciam a atacar e morder com força notável. Sua dentição é substituída constantemente em lados alternados, permitindo sua alimentação contínua. Possui sistema auditivo evoluído.

Vivem em pequenos cardumes de até 20 indivíduos, embora não exibam comportamento de caça em grupo. Ocasionalmente poderá atacar presas em grupo, numa espécie de frenesi alimentar, onde irá dilacerar sua presa em questão de segundos, o que contribui para a reputação da espécie. Estes ataques não são aleatórios e ocorrem somente quando estão com fome. Ataque a seres humanos ocorre ocasionalmente, principalmente quando estão protegendo ninhadas.

Mudanças no padrão de coloração poderão variar de acordo com sua idade e a localização geográfica.