ECONOMIA

Guedes diz que 80% do dinheiro do pré-sal irá para estados e cidades

Segundo Guedes, os recursos devem sair no ano que vem


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  Fonte: Notícias ao Minuto com Folhapress

  Foto: Reuters

Postado em: 05/04/2019 às 22:37:36

FLAVIA LIMA, CAROLINA LINHARES E JOANA CUNHA - SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro da Economia Paulo Guedes disse nesta sexta-feira (5) que a maior parte dos recursos obtidos com o leilão do pré-sal irá para os estados e municípios.

"Esse dinheiro todo que vai sair do pré-sal, nossa ideia, conversando com nossos líderes políticos, é mudar a proporção brutalmente a favor dos estados e municípios. Botar 60%, 70%, 80% para estados e municípios e 20% para a União", disse ele. "Aí vamos ser de verdade uma república federativa."

Segundo Guedes, os recursos devem sair no ano que vem. "O dinheiro tem que ir para estados e municípios e vai ser o dinheiro que vai sair do pré-sal. E vai sair mesmo, ano que vem já está saindo. Estamos desentupindo a cessão onerosa, já estamos resolvendo", afirmou.

"É uma cena ridícula: todo mundo tem que pedir para um sujeito que não foi votado, que é o ministro, com pires na mão, como se o ministro é que fosse importante", disse Guedes ao se referir ao movimento de estados e municípios, em crise fiscal, pedirem ajuda à União.

Sobre a reforma da Previdência, Guedes disse que os governadores sinalizam apoiam à proposta.

"O bom é que como está cheio de governador também do PT, prefeito do PT, todo mundo sem dinheiro, acho que a aposta vai ser maciça. Se o voto fosse secreto, essas reformas seriam aprovadas muito rápido", disse.

"É muito interessante como prefeitos e governadores do PT dizem, nós precisamos disso. É muito difícil para gente assumir isso".

ENERGIA BARATA

No evento, Guedes disse ainda que pretende reduzir os preços de energia, promovendo "um choque de energia barata". Para isso, Guedes contou que tem conversado com o economista Carlos Langoni todas as sextas-feiras, há cerca de um mês, para ouvir sugestões.

Segundo Guedes, Langoni sugere quebrar dois monopólios, um deles o da distribuição de gás.

O novo desenho está sendo acertado com os governadores do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e, segundo o ministro, é preciso o apoio do governo de São Paulo também.

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