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Banco do Brasil e Correios: Falta dinheiro e sobra humilhação e constrangimento aos clientes em Pão de Açúcar

Não há previsão para a solução deste sério problema que vai completar sete meses


  Foto: Divulgação

Postado em: 17/01/2017 às 13:17:55   /   por Helio Fialho

No dia 30 deste mês vai completar sete meses que os clientes não podem sacar um centavo sequer na agência do Banco do Brasil de Pão de Açúcar. O problema foi ocasionado por uma explosão ao caixa forte, no dia 30 de junho de 2016, por uma quadrilha especializada em explodir agências bancárias.

A partir desta data teve início o martírio dos clientes. Com o cofre forte danificado, a agência do BB deixou de disponibilizar dinheiro em espécie para saques.

A alternativa encontrada foi o deslocamento dos clientes para a agência local dos Correios e, ainda, para um posto de um banco popular. Porém, estes dois locais não são abastecidos através de carro forte e, por isto, dependem exclusivamente de depósitos feitos por clientes.

 Por esta razão, na agência dos Correios, de segunda a sexta-feira, as pessoas que vão fazer saques pegam uma ficha e ficam esperando demoradamente que apareça dinheiro na agência. E quando não aparece em quantia suficiente, ao encerrar o horário de expediente, todos voltam para suas casas sem o dinheiro e sem quitar seus compromissos financeiros. Desta mesma maneira ficam os clientes que procuram o posto do banco popular.

Aposentados revelaram ao titular deste blog, que tem gente chegando à agência dos Correios entre duas e três horas da madrugada e ficam esperando a agência abrir. Isto para pegar as primeiras fichas que são distribuídas por ordem de chegada, quando inicia o atendimento ao público, às 8 horas da manhã. A escassez de dinheiro na agência é o motivo de muita gente madrugar na fila dos Correios de Pão de Açúcar.

Diante do problema, muitos clientes viajam a Olho D´Água das Flores, São José da Tapera e Santana do Ipanema em busca de dinheiro para suprir suas necessidades, porém, ao chegarem às agências bancárias destas cidades, os caixas eletrônicos, muitas vezes, não dispõem de dinheiro, fazendo aumentar o constrangimento.

Este descaso é uma gritante falta de respeito aos clientes que são obrigados a passarem por tamanha humilhação.

Ora, se existe um convênio firmado, a nível nacional, entre o Banco do Brasil e os Correios, por que não abastecem, em casos específicos como este, a agência local dos Correios através de carro forte, para atender a demanda diária? E por que o posto do banco popular não é abastecido, também?  

E se estão deixando de fazer o abastecimento, estão deixando de cumprir uma obrigação. E não adianta justificar que “não abastecem porque na agência dos Correios só existe um vigilante trabalhando na segurança”.

Ora, se a agência só dispõe de um vigilante, é de responsabilidade dos Correios contratar um número maior de pessoas capacitadas para tal, de modo que promova, de fato, a segurança de funcionários e clientes. Deixar de fazer isto, é querer fazer o povo de besta.

As pessoas que estão se sentindo prejudicadas precisam denunciar este descaso à Justiça. E a Câmara de Vereadores de Pão de Açúcar deve, também, estar vigilante a este grave problema, pois é formada por 11 legítimos representantes do povo.

É importante deixar claro: quando fazemos estas críticas, não estamos aqui criticando os funcionários das agências do Banco do Brasil e dos Correios, pois estes não são culpados por tamanha falta de respeito. 

Os funcionários cumprem ordem e seguem as normas destas repartições onde trabalham – e quando as deixam de cumprir são imediatamente punidos.

As críticas destinam-se às esferas superiores, isto é, à presidência, à superintendência e outros setores que poderiam fazer alguma coisa para resolver o problema, mas que, na realidade, não fazem absolutamente nada para acabar com o martírio dos clientes.

Já está na hora de os clientes do Banco do Brasil, que estão prejudicados, resolverem na Justiça este problema, pois a falta de dinheiro na agência vai completar sete meses e não há previsão para acabar o martírio.

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